Alunos da Escola Estadual Luiz Bastos, em Canapi, no alto sertão, foram às ruas na noite desta terça feira (13), protestar contra a falta de professores. A concentração aconteceu em frente à escola por volta das 19 h e reuniu centenas de alunos do ensino fundamental, médio e do EJA, Educação de jovens e adultos.
A todo momento, os estudantes exibiam cartazes e gritavam palavras de ordem do tipo: Queremos professor e Alunos unidos, jamais serão vencidos. O ato chamou a atenção da população, que saiu em defesa dos estudantes.
É uma vergonha a situação da escola, os alunos estão certos em protestar, pena que infelizmente o governo não está nem aí pra eles. Disse um morador que acompanhou toda a manifestação.
Os estudantes também saíram em defesa do diretor da instituição, que segundo boatos, responde a processo administrativo e corre o risco de ser afastado a qualquer momento, por ter colocado professores de forma irregular e sem a autorização da coordenadoria regional de ensino.
De acordo com os estudantes, 11 professores foram afastados e o que já estava ruim ficou muito pior, outra reclamação não menos grave diz respeito ao estado de abandono da escola, que há anos, obriga os diretores a fazer o que podem e o que não podem para não deixá-los sem aula.
Além da falta de professores, o espaço físico é outro grande problema da instituição, são apenas 06 salas, para mais de 700 alunos, divididos em três turnos, o que faz com que muitos tenham que estudar em salões doados ou pagos pela prefeitura.
Fato rotineiro que fez com que o atual governador, durante um protesto de alguns alunos com o apoio do atual diretor a cerca de dois anos e meio, quando este fazia a entrega de uma ambulância cidadã ao município, chegasse a prometer a construção de uma nova escola. No entanto! Até hoje ainda continua só na promessa.
Agora os alunos dizem que voltarão a protestar na próxima quinta-feira (15).
Não podemos pagar pelo descaso do atual governo com a educação pública, somos conhecedores dos nossos direitos, por isso, exigimos respeito! Concluiu uma das organizadoras do protesto.




